quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dormência de sementes

Um dos problemas que podem comprometer a formação de um jardim bonito é a dormência das sementes.A dormência de sementes constitui um mecanismo de sobrevivência das espécies, assegurando sua viabilidade até que as condições sejam adequadas para o estabelecimento e crescimento da plântula (Hilton, 1985; Khan 1996). A dormência consiste na suspensão temporária do crescimento visível de qualquer parte vegetal que contenha um meristema, podendo ser dividida em endodormência, regulada por fatores fisiológicos da estrutura afetada; paradormência, regulada por fatores fisiológicos externos à estrutura afetada; e ecodormência, regulada por fatores ambientais(Lang,1996). Segundo,Khan, 1996; Paiva, 1997, um tipo de dormência é imposta pelo tegumeto e Villiers (1975) afirma que a dormência devida à impermeabilidade ou à resistência mecânica do tegumento pode ser superada naturalmente por danos mecânicos causados por insetos, decomposição microbiana do tegumento ou, ainda, pelo fogo. A dormência imposta pelo tegumento pode ser devida à impermeabilidade à água, aos gases, à resistência mecânica e à presença de substâncias inibidoras da germinação no tegumento (Noggle & Fritz, 1976). Algumas sementes necessitam de escarificação mecânica por meio de ruptura ou abrasão do tegumento, outras necessitam de choque térmico ou a escarificação química com ácidos concentrados com a finalidade de quebra da dormência(Ferreira et al., 1992; Cohn, 1996). Segundo,Santos et al,2003) sementes de Smilax japecanga, necessita da superação de dormência, com escarificação quimica com ácido sulfúrico e posterior embebição em Giberelina.
A germinação e a dormência podem ser reguladas por substâncias inibidoras e promotoras presentes, normalmente no tegumento e no embrião. Nesses casos, a superação da dormência pode ser realizada pela retirada do tegumento ou pela lavagem das sementes em água corrente para promover a lixiviação do inibidor (Karssen, 1995). Segundo Borges & Rena (1993) e Andrade et al. (2000), as sementes apresentam comportamento variável em diferentes temperaturas, não havendo uma temperatura ótima e uniforme de germinação para todas as espécies. Os fitohormônios, por exemplo, são considerados importantes controladores endógenos que podem regular a germinação das sementes (Aguiar et al., 1993; Karssen, 1995). As giberelinas estão diretamente relacionadas à germinação de muitas sementes, participando tanto na superação da dormência, como no controle da hidrólise de reservas nutricionais (Karssen, 1995; Metivier, 1985). De acordo com Bewley & Black (1985), as giberelinas induzem a produção de enzimas hidrolíticas, as quais disponibilizam reservas para o embrião (em certas gramíneas).

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